Nesse módulo
o aluno será introduzido a programa de entrada de dados. Durante muito tempo
investi pessoalmente no programa EpiData. Mas desde 2015, migrei progressivamente para o RedCap devido a recursos que julguei mais interessante. Esse módulo do curso
sempre foi ministrado em EpiData, até que o módulo foi removido da grade. Mesmo assim
o material didático é mantido aqui por razões históricas. O EpiData (a versão antiga 3.1 ou a
mais recente EpiData -Manager/EntryClient)
não é o único aplicativo capaz de executar a tarefa de entrada de dados e a
escolha entre os diferentes programas depende das funcionalidades desejadas e
empatia. Há o EpiInfo 6.04d (para DOS)
(desenvolvimento interrompido e do qual o EpiData 3.1
é dissidente), o EpiInfo (para windows) o CSPro etc. O Excel, o LibreOffice
ou qualquer outro programa que permite entrada de dados em formato de planilha
possuem pouquíssimos recursos de controle de entrada de dados (apesar de
possível). Por isso, esses permitem erros de entrada de dados dos mais diversos
e com muita frequência, como por exemplo o usuário trocar uma linha ou coluna
durante uma digitação ou trocar a formatação da variável etc. A entrada de
dados em planilhas para fins de pesquisa é considerada má prática e deve ser
evitada. A maioria dos aplicativos de análise de dados (como R, SPSS, SAS ou
STATA) permite edição/entrada de dados, mas em uma estrutura semelhante a uma
planilha de cálculo, ou seja, com todas as suas desvantagens.
É
muito comum, por exemplo, em pesquisas multicêntricas, os dados serem digitados
em um portal da internet com os formulários disponíveis “online” ou em um
software desenvolvido pela equipe do próprio ensaio ou por empresas
especializadas. Esses portais geralmente utilizam linguagem SQL, MySQL ou
ORACLE que são linguagens de armazenamento de dados em servidores. Programas de
livre acesso que exemplificam esse grupo são RedCap, OpenClinica e o próprio EpiInfo versão web & cloud. O RedCap possui vasta
documentação e suporte, incluindo diversos
tutoriais em vídeos que certamente o usuário pode aprender as tarefas mais
comuns sozinho, desde que um profissional de TI já tenha instalado e
configurado o programa para funcionar. Para os alunos ou profissionais do INI
que queiram experimentar o RedCap hospedado no INI (https://redcap.ini.fiocruz.br), entrem
em contato e solicitem uma conta que vocês possam gerenciar os seus projetos.
Há diversos tutoriais em vídeo que ensinam com usar o programa de forma simples
(https://redcap.ini.fiocruz.br/index.php?action=training).
Acredito que o RedCap possui uma série de vantagens
para projetos que mais de uma pessoa manipula os dados em relação a programas
que são instalados individualmente em máquinas locais e é o que atualmente
recomendo para todos os alunos e projetos de pesquisa.
Ainda,
é cada vez mais frequente a utilização de entrada de dados eletrônica
diretamente em computadores, pulando a fase dos papeis (apesar de possíveis
implicações éticas e de boas práticas em relação a documentos fontes e
rastreamento das informações de volta a fonte). Em inquéritos de campo, como o
Censo do IBGE, um software para computadores de mão é muito comum nessas
situações, por exemplo o Pendragon®, o CSEntry CSPro Data Entry para Android,
o EpiInfo para mobile e até o RedCap
para Android ou IOs, e os dados são posteriormente
transferidos para um central caso desejado. Se houver curiosidade suficiente,
há inúmeros aplicativos semelhantes que fazem essa função na loja da Apple e no
Google play. Outro programa apto para essa de entrada de dados é o Teleform®,
originalmente desenvolvido para capturar dados de fax. Este, a partir de
formulários em papel, alimenta um banco de dados através de imagens de um
scanner que digitalizou os formulários preenchidos.
Todos esses recursos têm as suas
vantagens e desvantagens e ao mesmo tempo não modificam a essência do progresso
dos dados e evitam (em maior ou menor grau) os erros (humanos) durante esse
processo. Para melhor compreender o progresso dos dados e conceitos como
“Controle de qualidade”, “Garantia de qualidade”, e “Gerenciamento de dados”,
sugere-se iniciar com a apresentação a
respeito de qualidade dos dados
de um
curso de pesquisa clínica para profissionais de saúde em 2011. Lembrar que
cursos de boas prática (clínicas, laboratoriais ou de manufaturas), de bioética
etc são sempre desejáveis. Cursos online estão disponíveis,
por exemplo: http://phrp.nihtraining.com/.
Qualidade dos dados é um assunto relevante que os
alunos deveriam se interessar. Recomendo leituras adicionais a respeito de progresso
dos dados que podem ser bastante iluminadoras:
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Data Cleaning: Detecting, Diagnosing, and
Editing Data Abnormalities
·
Apresentação a
respeito de qualidade dos dados
O curso de
entrada de dados era baseado na apostila do
módulo EpiData 3.1. Além do conteúdo da apostila, o
curso conta com vídeo-aulas com o mesmo conteúdo que devem ser assistidos na
sequência.
Os vídeos têm duração de até 5 min por conta de tamanho de arquivo. Os
vídeos foram todos gravados em flash, que já não são mais suportados pelos
navegadores mais utilizados. Para visualizar os arquivos corretamente seria
necessário ter uma visualizador para arquivos nesse formato como o disponível
em http://www.swffileplayer.com/ . Lembrar que esse módulo não será cobrado nos
exercícios/avaliações.
Etapa |
Vídeo |
Introdução |
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Desenvolvendo
o *.QES e o *.REC |
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Desenvolvendo
o *.CHK |
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Recursos
adicionais |
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